No teatro aprendi a ser homem.
E há quem diga que seja coisa de viado.
Então eu quis essa “coisa de viado” – e me dei bem.
Ser hétero é fácil.
Aos 9 anos de idade, no Recife, pisei no palco. Participei de festivais, vários. Com as peças amadoras e os primeiros textos que escrevi. Sempre guiado pela atriz Ilza Cavalcanti. Dessas luzes que aparecem em nossa estrada, cariada.
O teatro põe alma no nosso corpo.
Porra! Na foto acima, estou eu com 16 para 17 anos (ao lado da amiga, hoje jornalista, Ana Lúcia Lins).
Saudades!
O teatro melhorou minha fala, meu diálogo com o mundo. Deu-me peso, peito, respeito. Noção de amizade e responsabilidade.
Até hoje, quando escrevo um conto, estou pensando em uma cena, em uma luz. Na comunicação com o público/leitor.
Mas por que é que estou falando isto agora, pô?
Talvez porque logo mais à noite estarei em um debate, na UNESP da Barra Funda, ao lado do dramaturgo Luiz Alberto de Abreu.
Ou porque ainda hoje eu tenho ensaio. Isto mesmo. Ensaio do espetáculo “Mataram o Salva-Vidas”, em que voltarei como ator, dirigido por Antonio Vanfill e Leandro Goddinho.
Depois darei mais detalhes.
Muita merda para nós todos, desde já.
E evoé e ave!