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Archive for janeiro \31\+00:00 2012

A MARCA DO MARCÃO

Ontem, eu comecei aqui no blogue uma seção que chamei de Sessão de Autógrafos.

Aí eu estava pensando apenas em livros. Mas eis que agorinha, o amigo e músico e compositor Marcos Paiva me deixou de presente seu novo CD, autografado (veja imagem da contracapa interna).

Pois isso acendeu-me outra possibilidade: a de a Sessão se expandir para outras assinaturas – em CDs, cadernos, pinturas, sei lá.

E vamos que vamos e saravá!

Aproveito para avisar que o segundo CD do Marcão chama-se Meu Samba no Prato e é um tributo ao baterista carioca Edison Machado.

O lançamento do CD está marcado para esta quinta, 21 horas, no SESC Pompéia.

Valerá a pena.

E deixa eu correr para ouvir o som.

Valeu, Marcão!

Sucesso e tudo de bom.

Fui.

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SESSÃO DE AUTÓGRAFOS

Hoje, aqui, vou inaugurar uma seção no blogue.

A Sessão de Autógrafos.

Mostrando alguns livros oferecidos diretamente para mim – ou não.

Adoro ver  a letra do escritor, a dança que cada um faz à página.

Começo com esta assinatura do saudoso Waly Salomão (imagem).

“Marcelino, vão o pão, o vinho e a viadagem, abraços”.

Rarará.

Adorei a “viadagem”.

O dia: 15 de abril de 1996.

O livro: Algaravias, Editora 34.

Eis um dos poemas:

Câmara de Ecos

Cresci sob um teto sossegado,
meu sonho era um pequenino sonho  meu.
Na ciência dos cuidados fui treinado.

Agora, entre meu ser e o ser alheio
a linha da fronteira se rompeu.

Grande e eterno Waly! E, no mais, aquelabraço.

Fui.

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PINTANDO O 7

Mijou Maionese.

Maionese é um grafiteiro.

Um dos artistas que participam do Documentário Ducontra.

Maionese, a uma certa altura do filme, mija dentro da própria tinta. Mistura os líquidos, digamos, para pintar melhor.

Acho que todo grande artista deveria fazer, deste mesmo jeito, a matéria-prima de sua arte. Saber onde a bexiga aperta. Descobrir seu truque, sua manobra criadora qual é.

A partir disto, e por isso, vaticino: escritor que não mija em cima dos seus parágrafos não é escritor.

Mas por que esta minha conversa, pô?

É que ontem, finalmente, fui conhecer o Sarau do Fórum de São Bernardo do Campo (foto acima – me procurem aí no meio da moçada). Não, não se trata de fórum, assim, judicial ou coisa e tal. É um endereço histórico lá no ABC que abriga e trabalha com meninos e meninas em situação de rua.

Faz tempo que o Choco e o Cena7 me convidam – dois artistas de lá. Aproveitei as férias e fui e me impactei com o que vi. Primeiro, a exibição do Documentário Ducontra. Que acompanha como grafiteiros transformaram, com seus desenhos, um antigo clube abandonado, na Serra do Mar, em São Paulo. E a convivência deles com os moradores da ocupação.

Porra!

Um trabalho feito na raça, com bela fotografia, música, edição. Sem contar os feras, como o Maionese, que tomam conta das paredes, do lodo do chão, recriam tijolos, abrem novas janelas – para o pôr do sol. Do clube, ave, se vê o mais portentoso pôr do sol do lugar. Que o filme ajuda a iluminar.

E o que não faltou foi luz, amém, salve, salve e saravá!

Pude, no Sarau do Fórum, ver poetas novos, rappers, músicos. Conhecer melhor, por exemplo, a poesia do Cena7 – ele que também é grafiteiro. Aliás, gravem este nome, companheiros: Cena7.

Vendo o talento e a força e a teimosia do Cena7, tive a mesma impressão de quando, em Salvador, me deparei com o poeta e agitador Nelson Maca. Cena7 está abrindo outras cenas, possíveis. Já chega, aleluia,  irmanado com isto em que cada vez mais acredito: o artista que tira a bunda da cadeira e movimenta a paisagem à sua volta e vai à luta.

Ou aquele que simplesmente tira o pinto e pinta.

Eta danado!

Para saber mais sobre o Documentário Ducontra, acesse aqui. Para saber do Cena7, aqui em cima.

No mais, valeu, aquelabraço e até segunda.

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OVO NELES

Faz um tempinho, não lembro, que compus este poema, abaixo escaneado. Sempre muito a ver. Eta danado! Ave. Dedico-o, hoje, ao querido povo de São Paulo. No dia em que a cidade completa 458 anos. Aquelabraço a todos e parabéns e fui e vamos que vamos.

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PRIMEIRAS IMAGENS

Estou à cata das primeiras imagens minhas na cidade de São Paulo, onde vivo há 20 anos. Esta acima foi foto que tirei da janela de meu primeiro emprego, na Avenida Paulista, esquina com a Rua Brigadeiro Luís Antônio, setembro de 1991

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PRIMEIRAS IMAGENS II

Meu primeiro quarto em São Paulo, só para mim, em prédio na Nove de Julho, ano de 1992

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PRIMEIRAS IMAGENS III

Eu e a amiga e atriz Patrícia França, creio que no mesmo ano de 1991, quando ela fazia a minissérie "Tereza Batista"

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AI DE TI, HAITIANO

Tu que chegas agora ao meu país, pobre, tão preto, infeliz, de cabeça para baixo, à cata de um trabalho, cuidado, te darão emprego, sem demora, em fazendas de algodão, limpando chão de banheiro por um salário, assim, miserável, irás para as plantações de cacau, construirás estádios de futebol, pedras ao sol levantarás, meu rapaz.

Fica de olho nas fábricas de roupa, nas usinas, mineradoras, cais dos portos, a ti prometerão estabilidade, para quem saiu de terromotos, nosso solo parecerá tão seguro, logo, logo, vão dizer, terás uma casa nova, os filhos na escola, aprendendo inglês, nada de português, essa língua, ah, há tempo que anda morta.

Pagarás para viver, digo, demorarás a ser livre verdadeiramente, porque sempre vão dizer, na tua cara, lembrarão que a tua raça é a do Haiti, e quem primeiro eles têm de salvar é o povo daqui, sabe, vão dizer que é questão de prioridade nacional, essa gente, tão parecida contigo, expulsa feito rato dos mesmos buracos em que morarás, meu caro.

Perdão se estou sendo exagerado, pessimista, por favor, não me compreendas mal, só quero deixar o recado, registrar este meu alerta, indignado: não cai nessa conversa de que nosso país está crescendo e muito nos interessa ajudar a tua nação sofrida, verás que foi tudo mentira, no dia em que fores enfrentar mais uma de tuas guerras, nesta luta pelo direito à vida.

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CLARICE E SOFIA

Queridas primas, ave nossa!

Bate assim, um orgulho na gente, de ver vocês, crescidas, gravando um clipe, escolhendo a arte para revelar um sentimento, dizer de um agradecimento, celebrar a amizade, o amor, para sempre seja louvado.

Não é pouco: no atual momento em que vivemos. De coisas murchas, apáticas. Tudo a esmo, à deriva, afundando, à toa.

Explico: Clarice e Sofia são filhas de Wilson Freire e Lúcia Souza. Wilson é meu primo. É escritor, cineasta, compositor, o diabo a quatro. Nascido, ele, também no Sertão de Pernambuco. Sabemos bem o duro que é. Vencer, trilhar, teimosamente, cada espaço.

Por isso, repito, essa alegria que nos dá. Sendo, assim, nós, da mesma família. Severina. Assistir a vocês duas, tão novas (Clarice tem 23 – é a que está ao violão; Sofia tem 15 – é a que canta e toca piano), fazendo uma declaração de amor aos pais, compondo, juntas, uma nova história.

Possível e sensível.

Salve, salve, saravá, amém, Meu Pai, Meu Cristo!

Para saber melhor do que estou falando, é só clicar no vídeo abaixo e vamos que vamos e bom final de semana e, hoje, cheio de esperança, deixo a todos o meu mais especial abraço.

Fui.

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E AGORA, MEU IRMÃO?

Saiu nota no Estadão de hoje (ao lado).

Meu blog foi parar idem na página principal do WordPress – não sei muito bem o que isto significa.

O caso é que, se diariamente, em média, eu tenho 500 acessos (em dia bom) neste blog, de terça-feira para cá já foram, até a presente hora, algo em torno de 19 mil acessos.

Tudo por causa do pôste (logo em seguida) que traz o Poeminha para o Bial Ler.

Sim, perdi meu tempo com o BBB.

E percebi que, quando o assunto é poesia, livros bons, contos, microcrônicas, clássicos esquecidos, meu palavrório não chama tanto a atenção.

Evidente e obviamente. Novidade não há nesta constatação.

O que quero dizer, em resumo, meu irmão, é que continuarei com a poesia, os livros bons, os contos, as microcrônicas…

Quem quiser que venha comigo.

Não precisa ser tanta gente não.

Só alguns poucos amigos.

E salve, salve, Meu Pai.

E rezemos ao Senhor. E tenho dito.

Fui.

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