Conheci Mário de Andrade em uma coleção da Editora Abril.
A coleção: Grandes Personagens da Nossa História.
Gostei do olhar melancólico dele. Da coragem, dos versos.
E gravei o endereço do poeta: Rua Lopes Chaves.
Cheguei em São Paulo em 1991. E um dos primeiros lugares que visitei foi a lendária casa do Mário. Hoje, a Casa da Palavra, na Barra Funda.
Seu livro, Paulicea Desvairada (mantenho a grafia original), virou referência artística minha, afetiva. O nascimento, ali, do meu idem “Desvairismo”.
Daí o tempo corre, segue nos atropelando. E eis que tive a oportunidade, faz algum tempo, de ter em mãos a primeira edição do Paulicea. Livro que é, como se sabe, um marco do Modernismo.
Adquiri o exemplar – de dois amigos queridos, donos de um sebo, à época: Rui e Eleonora.
É um livro para o qual, aqui em casa, sempre olho e namoro e toco e respiro um pouco daqueles idos rebeldes.
Eta danado!
A capa (escaneada) acima é a desta minha – nossa – raridade. Datada “aos 21 de Julho do anno de 1922, 100º da Independência do Brasil”.
Nada melhor para compartilhar aqui com vocês, hoje, 90 anos depois do começo da Semana de Arte Moderna, o apetite daqueles dias.
Salve, salve, Mário!
E saravá e viva!