Todo mundo me pergunta: você vai para a Festa?
Não. Este ano não vou. Estarei em Salvador. E, depois, irei ao Recife. Ficarei, de lá, ao contrário do que alguns pensam, desejando e torcendo pelo sucesso da FLIP.
Nunca neguei nem nego a importância do evento para que a literatura entrasse, assim, em pauta. Fosse assunto nas rodas de cerveja, pelas pedras de Paraty.
E a importância também para mim: que estive como convidado oficial no ano de 2004 (veja imagem) e em outras mesas, mediações e colaborações, etc. E que, inspirado nela, criei a Balada Literária, realizada desde 2006 em São Paulo.
Só em um ano eu não pisei lá além da edição de agora. Foi quando, em 2010, convidaram para a abertura dos trabalhos o FHC. Ave nossa! Nada contra o ex-presidente, mas me parecia algo sem sentido. Um discurso forçado, sei lá.
Mas enfim… Voltemos à FLIP. Acho fantástica essa coisa de uma cidade, por cinco dias, ganhar ares de Pasárgada. É claro que, como o evento cresceu, periga sempre ficar loteado pelos grandes empresários e editoras, burocratizado, essas coisas. E inacessível – continuo achando os ingressos altos.
Uma preocupação minha – de quem organiza eventos e, sobretudo, sabe o quanto temos de andar no país para que os livros (e os autores) estejam mais vivos no coração das pessoas.
Eta porra!
Repito: desejo sucesso e sorte para o novo curador, o querido Miguel Conde, e bela Festa para quem for.
Eu, de minha parte, rezarei, como falei, com os búzios e santos direto de Salvador.
Amém, saravá, salve, salve, Meu Pai Xangô.