Nunca me cheirou bem. Digo: o cheiro na literatura. Quando aparece. Sempre “emana” um perfume. “Exala” no ar. Um lugar-comum “toma conta do ambiente”. Nada a ver com Cheiro do Ralo. Romance do Lourenço Mutarelli. Legítimo. Por que será? Faz tempo que vivo a me perguntar. Podem reparar: o cara está lá escrevendo um parágrafo. Depois de algumas linhas, põe o nariz para funcionar. E eis que: aparece fragrância. Jasmim. Tudo que é essência de jardim. Um exagero! Talvez seja pelo fato de nenhum texto “vir de fábrica” impregnado de lavanda, suor, cigarro. Aí o autor acha que é preciso dizer. Para o leitor sentir. E haja odor, odor, odor. Digam para mim: tem palavra mais asséptica do que “odor”? Que merda! Opa! Mas aí a coisa já começou a feder. Assunto, assim, para uma próxima conversa. Abraços e até segunda. E valeu e um cheiro – na bunda. Fui.
MARCELINO FREIRE
Desenhos gentilmente cedidos por Gabriel Bá.
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