Amigos todos, viajarei hoje, quinta, mas deixo avisado desde já. Na quarta que vem, dia 5 de junho, às 19h30, no Centro Cultural b_arco, o querido mestre e amigo Raimundo Carrero virá participar de um bate-papo e lançar o romance Tangolomango (imagem acima), publicado pela Editora Record. Já prepare a sua agenda. E chame os amigos. O nosso querido Carrero merece o nosso sempre abraço, carinho e respeito. É isto. No mais, bom feriado para todos. E vamos que vamos. E bora embora. E até a volta. Fui, sem ir. E beijos.
Archive for maio \30\+00:00 2013
CARRERO EM SÃO PAULO
Posted in Textos on 30/05/2013|
EN LA CONCHINCHINA NO HAY NEGRAS
Posted in Textos on 29/05/2013|
Marcelino Freire es un asqueroso. Un alma blanca en tierra de negros. Un tipo capaz de mostrarle al mundo toda su asquerosidad de mierda. ¡La vida social y la eterna lucha de clases en las grandes ciudades! Río de Janeiro y sus playas y todo su exotismo no es más que mucha mierda junta.
¡Marcelino Freire quiere ir a filmar como viven los ricos, ja! ¡Exige por el aumento del salario, ja! ¡Insiste con que los turistas gringos no deberían fifarse tantas negras y negros pobres!, “es verdad, Johan, no hay negras en la Conchinchina”, hay muchas en Brasil. Un alma de negro en tierra de blancos.
Un blanco escribiendo mejor que el mejor de los grones. Y esto no es un detalle menor. ¡Marcelino Freire es de los nuestros, un eterno desclasado! El estilo de Marcelino es fácil, directo y no está dispuesto a regalar nada. Leer Cuentos Negreros o negroides, o gronchos produce el mismo efecto que tomarse un trago de realidad demasiado amargo.
¡Que suerte que Marcelino Freire es un asqueroso de mierda porque ya tanta insistencia en que está todo bien en estas épocas izquierdistas me empieza a hinchar las bolas! ¡Qué suerte que existe Marcelino Freire y estos personajes horrendos, ridículos, zopencos de los cuales uno se empieza a enamorar y se hace la siguiente pregunta: ¿seremos así? ¡Y peores!
Por último, saludo en Vaniclélia a todas las mujeres latinoamericanas. Esto también se lo debo a Marcelino Freire.
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[ Apresentação feita pelo escritor Washington Cucurto
para a edição argentina do meu livro “Contos Negreiros”,
traduzido por Lucía Tennina, a ser lançado no dia 26 de junho,
pela Santiago Arcos, no Malba, em Buenos Aires. Cucurto
é um dos principais autores contemporâneos argentinos,
conhecido também por ser ele o criador da Editora Eloisa Cartonera.
Fiquei todo feliz e orgulhoso e agradecido e maravilha e beleza! ]
A PLATEIA DE CADA UM
Posted in Textos on 27/05/2013|
O que seria da plateia se fôssemos comedidos? Quem disse isto foi o Gero Camilo. Ou terá sido o Van Gogh? Explico: é que ontem, depois da apresentação do Cantos Negreiros, nos Parlapatões, o querido amigo Gero nos convidou para ver a peça dele, A Casa Amarela, bela e precisamente dirigida por Marcia Abujamra. Em cena, ele incorpora o pintor holandês (foto acima). Ver Gero soltando o verbo, o corpo, as pinceladas imaginárias é uma aula de como todo artista deve ser. Este ser no limite. E indo além de suas forças. Contra a correnteza. E aí, essa frase, citada no começo deste pôste, foi ali, em meio à desordem vangoguiana, proferida. O que seria de todos nós, leitor-plateia, por exemplo, se tivesse sido comedido, na sua escrita, Guimarães Rosa? E Jean Genet, Clarice Lispector? Já imaginou Glauco Mattoso quieto e disciplinado? Roberto Piva, Oswald de Andrade, Augusto de Campos, Hilda Hilst? O cubano Bola de Nieve, à miúda? Almódovar, Glauber Rocha? Nadica. Nunca. Foi como um corte certeiro em minha (nossa) orelha o que disse, no palco, esse grande ator. Sobretudo depois de eu ter me apresentado ao lado do cantor Aloísio Menezes. Sei da luta de Aloísio e com que vigor, faz tempo, ele interpreta a alma da África. Do Brasil. Puta que pariu! E aí me perguntam: por que eu sempre invento ciscar em outros cantos? Por que não paro um pouco? Respondo: porque não quero me parecer um homem tranquilo, manso. Embora eu seja: paciente e sereno. É no movimento em que eu me completo. É vendo Gero Camilo no exercício de seu pleno ofício. É nisto em que me espelho. E me almejo além. Um dia eu chego lá. Juro que chego. E mais não digo. Salve, salve, saravá, amém! A saber: a peça A Casa Amarela fica em cartaz até domingo que vem. Saiba mais clicando aqui em cima. E até a próxima e viva!
NEGREIROS EM SÃO PAULO
Posted in Textos on 24/05/2013|
É muita alegria e orgulho dividir o palco com o grande cantor que é Aloísio Menezes (acima, em foto de Léo Ornelas). Ele é da Bahia. E eu o conheci porque a querida Fabiana Cozza me apresentou. Nós três, inclusive, já chegamos a fazer o show Cantos Negreiros juntos. Recentemente, como eu já havia falado aqui no blogue, eu fiz, a convite do poeta Nelson Maca, esse espetáculo em Salvador. Lá, conheci Gileno Costa ao violão. E o mestre Jorjão Bafafé na percussão (somos eu e ele na foto clicada por Léo Ornelas idem, abaixo). Daí eu pirei. E queria muito reunir essa turma em São Paulo. A ideia era que a Fabiana estivesse junto. Não deu. Ela estará este final de semana na Virada Paulista. Eta danado! De qualquer forma, Fabiana estará conosco. Porque ela e Aloísio são feitos do mesmo brilho. E intensidade. Repito: é felicidade para mim dividir a cena com os dois. Recapitulando: neste sábado, meia-noite, e no domingo, 16 horas, apresentaremos, eu e Aloísio, o Cantos Negreiros no Espaço Parlapatões. Os ingressos já estão à venda e você pode garantir o seu via internet. Saiba mais clicando na Ingresso Rápido. Ainda teremos a participação especial do cavaquinho e do violão de Reinaldo Menezes. E a presença inspiradora do poeta Nelson Maca. E vamos que vamos. Sem contar que na sessão de domingo, antes do show, teremos a exibição do documentário SP – Solo Pernambucano, de Wilson Freire e Leandro Goddinho. Ave nossa! Quanta coisa! Conto com a presença de todos. E muito axé e saravá e abração e valeu e té.
LAERTE E RAFFA EM CENA
Posted in Textos on 23/05/2013|
Já está no ar a peça As Joias, em que os queridamigos Laerte e Raffa Coutinho, pai e filho, subiram ao palco, dentro do projeto AuTORES EM CENA do Itaú Cultural, dirigidos por Fernanda D’Umbra. Assistam aí embaixo. E fico eu na torcida de que eles voltem a se apresentar. Lembrando, desde já, que Laerte é o homenageado da Balada Literária 2013, que acontecerá de 20 a 24 de novembro, com paradas, este ano, em Salvador e Recife. Eta danado! Vamos que vamos e valeu e aquelabraço.
VAMOS PROCESSAR ROBERTO CARLOS
Posted in Textos on 23/05/2013|
Recentemente, muita gente veio me perguntar sobre o processo que eu estou movendo contra Roberto Carlos. Rarará. Eta danado! Explico: é que o jornalista Jotabê Medeiros, no Estadão do dia 12 de maio passado, relembrou o minimanifesto que eu escrevi, em 2007, em virtude do processo que Roberto Carlos moveu contra o biógrafo Paulo César Araújo. Na ocasião, achando eu a atitude injusta, publiquei na imprensa o meu protesto a essa falta de liberdade de expressão. Protesto que ainda, e infelizmente, está em voga, uma vez que o cantor segue censurando todo mundo. Gente que, ao parece, só quer ter a oportunidade de, no fundo, lhe dizer: “como é grande o meu amor por você”. Ave nossa! Atendendo a pedidos, segue mais uma vez o manifesto, logo abaixo. E vamos que vamos. E aquelabraço.
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VAMOS PROCESSAR ROBERTO CARLOS
Vamos processar Roberto Carlos. Ele, sim, sempre invadiu a nossa privacidade. A nossa casa, no Natal. E no final de ano. Invadiu o nosso quarto. O nosso motel. O carro e o rádio, etc. e tal. A nossa estrada de Santos. Foi ele quem tomou conta das nossas emoções! E do coração das nossas mães. E das orações. Só para Nossa Senhora. Foi ele quem encheu de Jesus Cristo o nosso juízo, ora. Haja corais e novenas. Catequizou os pobres. E nobres, amém! Fez sertanejo e rap. Reggae e rock. Soltou a voz em todos os gêneros. Abusou das gordas e das baleias, como ninguém. Das mulheres baixinhas e das mulheres feias. Loiras e morenas. Brotas e de quarenta. Aproveitou-se de nossas doenças. Ecológicas. Repito: religiosas e amorosas. Da própria amada morta fez a nossa pena. Choramos juntos e comovidos a sua solidão. A sua saudade e a sua dor. Foi o povo quem pagou. Com amor, o Brasil sempre o embrulhou para presente. Censurar o povo nunca censurou a sua superstição. O seu terno branco. Os seus amigos do peito. Seu cabelo de leão. Na Rede Globo de Televisão. E agora, por quê? Quero entender o que ele fez. O que deu na cabeça do Rei? Que injusto! Proibir o livro de Paulo César Araújo. Sobretudo ele, que é seu fã. De coração. E que, mais do que nunca, cantará, em tudo que é lugar, para Roberto Carlos ouvir, toda manhã, a seguinte canção:
Meu bem, meu bem
Você tem que acreditar em mim
Ninguém pode destruir assim
Um grande amor
Não dê ouvidos à maldade alheia
E creia
Sua estupidez não lhe deixa ver
Que eu te amo
Meu bem
Use a inteligência uma vez só
Quantos idiotas vivem só
Sem ter amor
[…]
Quantas vezes eu tentei falar
Que no mundo não há mais lugar
Pra quem toma decisões na vida
Sem pensar
[…]
Meu bem
Sua incompreensão já é demais
Nunca vi alguém tão incapaz
De compreender
Que o meu amor é bem maior que tudo
Que existe
Mas sua estupidez não lhe deixa ver
Que eu te amo
Que eu te amo
Meu bem, eu te amo
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O FILME DA MINHA MÃE
Posted in Textos on 22/05/2013|
Essa senhora aí da direita é minha mãe. E a outra senhora é a dona do pedacinho de terra que foi um dia da minha mãe. Lá em Sertânia. Essas imagens foram gravadas no ano de 2008. Desde lá o meu primo escritor e cineasta Wilson Freire lutou para finalizar o documentário sobre a minha, digamos, trajetória pernambucana e literária. Daí, para ajudar na empreitada, surgiu outro cineasta, o querido Leandro Goodinho. O resultado é o SP – Solo Pernambucano. Pronto que ficou depois de 5 anos. Minha mãe já faleceu – no ano de 2010. Não chegou a ver o resultado – emocionante – do filme. A ela será dedicada essa primeira exibição aqui em São Paulo. A acontecer no próximo domingo, às 16 horas, no Espaço Parlapatões. Depois do filme, haverá um pequeno intervalo e a apresentação do show Cantos Negreiros, em que estarei no palco ao lado do cantor baiano Aloísio Menezes. Show do qual falei no pôste de ontem, abaixo. E aí em cima, é só clicar para conferir algumas imagens do documentário. E, é claro, corra e garanta já o seu lugar. E vamos que vamos. Espero você para festejar. Aquelabração no coração e té já.
NEGREIROS NOS PARLAPATÕES
Posted in Textos on 21/05/2013|
Amigos todos, parem tudo o que estão fazendo e atenção: haverá duas únicas apresentações do show Cantos Negreiros (flyer acima). Neste sábado, dia 25, à meia-noite. E no domingo, dia 26, às 16 horas. Acontecerá no Espaço Parlapatões. No palco, estaremos eu e o cantor Aloísio Menezes. A ideia seria juntarmos eu, Aloísio e a querida Fabiana Cozza. Mas ela estará na Virada Paulista, que acontece no interior. Enfim, assado. Esse show eu apresentei, recentemente, em Salvador. Enquanto eu conto uns contos, Aloísio canta uns cantos. Quem já viu o Aloísio cantar sabe o poder de sua voz e interpretação. Eta danado! E ele virá direto de Salvador acompanhado de três músicos de lá. Gileno Costa, ao violão. Jorjão Bafafé, na percussão (esse, uma verdadeira lenda baiana). E Reinaldo Menezes também ao violão. Ave nossa! E ainda contaremos com a participação especial do poeta Nelson Maca. Garantam já seus ingressos. E ainda: no domingo, antes do show, exibiremos, em primeira mão em São Paulo, o documentário SP – Solo Pernambucano, dirigido por Wilson Freire e Leandro Goddinho, que conta um pouco da minha trajetória literária. É isto. Por enquanto. Agradeço a presença de vocês e a divulgação que puderem fazer. Depois darei detalhes outros. Muito axé, saravá e salve, salve para nós todos e vamos que vamos. Fui, sem ir.
DURAN, NOLL, SANT’ANNA E EU
Posted in Textos on 17/05/2013|
Duran, você se lembra quando tirou essa foto minha aí de cima? Não foi a primeira. Tem uma outra foto, tirada por você, que está lá, até hoje, estampada na edição do meu livro de contos Angu de Sangue do ano 2000. Sabia que, quando esse livro saiu e a minha foto apareceu na Revista Cult, o Manuel da Costa Pinto, à época editor, veio me dizer: é a primeira vez que temos um J. R. Duran em nossas páginas. Até hoje o Pinto conta isto. O dia em que a Cult teve seu dia de Playboy. Aliás, você não só fotografa mulher pelada. Também clica safári na África, viagens e cidades. E escritor vestido. Fez isso, por sinal, na revista de prosa, de número único, que eu e Nelson de Oliveira publicamos: a PS:SP. Lembra-se? Amorosamente, em seu estúdio, você recebeu, entre outros, além de mim (exatamente na foto acima), Fernando Bonassi, Ivana Arruda Leite, Joca Reiners Terron, Marçal Aquino e André Sant’Anna. Sabia que muita gente veio tirar uma onda? Eta danado! Mais uma vez rolou esse preconceito. Bando de homens feios! Duran só fotografa mulher bonita. Enfim, assado. O pessoal é meio atrasado quanto isto, não é? Meio tarado e bitolado. Por acaso, você sentiu na pele essa cobrança quando estreou, em 2002, como escritor? Será que o pessoal sabe que, há tempo, você acompanha de perto os autores contemporâneos? Aliás, recentemente o querido amigo Ronaldo Correia de Brito me contou da parceria que vocês estão fazendo. Conte-nos mais sobre isto. E ainda: se você continua meu vizinho de bairro. Nosso! Um tempão que a gente não se cruza! Uma boa oportunidade será neste sábado, aleluia! Durante a FestiPoa. Terei a honra e o prazer de levar um bate-papo com você às 19 horas na Casa Mário Quintana. Antes, às 16h30, no mesmo local, eu me encontrarei, para uma conversa idem, com os mestres João Gilberto Noll e Sérgio Sant’Anna. Aproveitarei para publicamente agradecer a vocês. E para dizer o que une essas três figuras. Talento, amizade e generosidade. Além do amor, cheio de tesão, pela literatura.
CONTRA O VENTO
Posted in Textos on 15/05/2013|
Ele sempre foi contra o vento. E a favor das tempestades. Era um amigo passional. O tempo que passou por aqui não passou, assim, fazendo cara de paisagem. Ele fazia a sua própria paisagem. Era da natureza dele. A explosão. O coração a mil. A cabeça um pavio. Era de uma entrega absoluta. Um romântico antigo. Desses de se derramar. Por uma flor. Um livro. Um irmão. Eu me lembro com que empenho ele se mobilizou à época em que seu amigo, Mário Bortolotto, sofria no hospital. Ele gritava ao mundo a sua dor. O medo de perder o grande parceiro. Ele era fiel a seus companheiros. De palco. De copo. Por eles, xingava o governo. Enfiava o dedo na fuça do governador. Já o vi fazer isto. E também já o vi em várias peças. Um ator natural. Que, claramente, se divertia em cena. Sem mistério. De alma plena. Sobretudo, quando fazia o que ele mais gostava de fazer. Soltar a voz. Em português, francês. Feliz. Como no show a que eu assisti, acima. Eu era fã dele. E continuarei sempiternamente sendo. Porque eu encontrava nele o vexame necessário. Para viver. E enfrentar a vida. Doa a quem doer. Foi essa a sua bandeira. E o exemplo, pulsante e vivo, que ele nos deixa. Paulo de Tharso, Picanha. Saudades, amigo. E a minha emoção, aqui, sincera e verdadeira.