Nem sei por onde começar. Pela atriz ou pela personagem. Ou pela peça. Ave! A peça: Parlapatões Revistam Angeli. Em cartaz aos sábados à meia-noite no Espaço Parlapatões. A minitemporada só vai até sábado que vem. E dos Parlapatões aqui já falei várias vezes. Acompanho tudo o que eles fazem. Do Hugo Possolo sou fã faz tempo. Um gênio. A peça revista e revisita a obra de Angeli. E põe o corpo e a alma de seus personagens no palco da Roosevelt. Com que atualidade! Nossa! Parecia que a trupe havia saído, o grupo, de dentro de uma dessas manifestações. Velhos guerrilheiros, punks, roqueiros. Todo mundo ali. Aprontando e protestando. E aí eis que vem o furação Paula Cohen. Também vejo, sempre que posso, as atuações dela. Só nesta peça, ela incorpora várias facetas. Trejeitos, jeitos. Fico admirado. Como o teatro de São Paulo tem atrizes porretas! Eta danado! Como eu amo essas atrizes. Entregues plenamente a seus ofícios. De tal modo. Que a partir de hoje já não sei quem é Paula Cohen e quem é Rê Bordosa (foto acima). Até agora estou rindo. Só lembrando. Da ninfomaníaca que pulou das finadas tirinhas direto para uma merecida sobrevida. E ainda têm o impagável Bob Cuspe (o grande, literalmente, Raul Barretto). E os Escrotinhos. Se eu fosse você já garantia o ingresso para o sábado que vem. Sério. É imperdível! Precisamos celebrar. Os Parlapatões, o elenco inteiro (Rodrigo Mangal e Hélio Pottes) e, é claro, o talento inacreditável de Paula Cohen. Ela que são muitas mulheres em cena. EvANGÉLIcas do ANGELI. Putas e santas. Como as vemos todos os dias por aí. Nesta nossa – nova e velha – República dos Bananas.
A música canta assim: “Não me deem mais livros / Porque não os leio / O que aprendi / É porque vejo”. Aqui, na verdade, eu traduzi a letra, livremente. Eis o original: “No me regalen más libros / Porque no los leo / Lo que he aprendido / Es porque lo veo”. Faz tempo que eu estou para dizer. Estava eu em Buenos Aires recentemente e ouvi muito esta música tocar. E a letra me tocou. O começo me lembrou meu conto “Totonha” – ela, meu personagem, baseado em uma tia minha, que fazia, sim, uma valiosa leitura não de livros, mas da vida. E maravilha! Claro que a música, intitulada “La Vuelta al Mundo”, não caminha por este caminho. Conta, a letra, uma história de amor e de liberdade. Gostei deveras dela e corri, lá na Argentina, para comprar o disco. Trata-se de um grupo pop de rap de Porto Rico chamado Calle 13, que tem à frente o vocalista e letrista René Pérez, mais conhecido como Residente. Já o conhecia de uma participação que ele fez, impressionante, no último disco de Mercedes Sosa. Eta danado! Estou atrasado, eu sei. Mas nunca é tarde para se conhecer algo. E se apaixonar. Veja se você também não vai sair pulando pela rua, atrás da sua paixão, ao ver e ouvir o clipe abaixo. E vamos que vamos. Juntos, dar a volta ao mundo e bom final de semana e aquele beijo e aquele abraço.
Ontem foi um dia muito especial. Mágico, afetivo, etc. e tal. Meu querido amigo Thiago Romaro. Cantor, compositor, escritor. Ele me convidou para mais uma de suas imperdíveis cervejadas. No apartamento bonito que ele tem. Ali na Praça Benedito Calixto. E também costumam ir a essas nossas cervejadas o Lourenço Mutarelli, a Lucimar. E tanta gente boa que eu não vou nem citar. Para não me demorar. Pois bem. Quero contar que ontem me ligou o Paulo Lins. Ele havia acabado de escrever a orelha do meu primeiro romance. Atendeu ao meu pedido. Tão generosamente. E ficou linda a apresentação. Daí eu chamei Lins para a cervejada. Lá na casa do Thiago. Uma noite para fazer um brinde à amizade. E para comemorarmos juntos idem o baita desenho que o Mutarelli fez para a capa de meu romance (que eu não tenho chamado de romance, mas de “prosa longa”) intitulado Nossos Ossos. Eta dupla da pesada. Eis eu ao lado dessas duas feras, em foto acima. Beleza, beleza. E muita ressaca! Depois conto mais sobre o livro, que sairá ainda este ano pela Editora Record. Por enquanto, inclusive, aviso: os dois primeiros capítulos foram publicados, com exclusividade, pelo jornal Rascunho. Para conferir, clique aqui em cima. E mais não digo. E beijos no umbigo. E vamos às próximas garrafas. Que eu já fui. Pois é. Bambo. E feliz. E té.
Quinta agora, dia 18, a partir das 19 horas, no Espaço da Revista Cult, tem lançamento do belo e quentinho livro da Bruna Beber, o Rua da Padaria, publicado pela Editora Record e maravilha. Imperdível. No dia, eu e os queridos Angélica Freitas e Omar Salomão faremos umas leituras de uns poemas da autora. Beleza pura! Já anote desde já na agenda e espalhe o acontecimento (imagem abaixo). E vamos que vamos e beijabraços.
Encontrei esta foto rara, abaixo. Eu e dois amigos. Na rodoviária do Recife. Eu estava de partida para São Paulo. De vez. Era o dia 11 de julho de 1991. Eta danado! 22 anos se passaram. Ave nossa! Viva São Paulo. E bora embora. E mais não digo. Salve, salve. Saravá, amém. E aquelabraço.
Na segunda passada, dois movimentos aconteceram em São Paulo. Acima, eis foto minha participando do Cultura Atravessa. Aconteceu no Teatro Oficina (veja na foto, ao fundo, o grande Zé Celso). Lá, mais de mil pessoas, entre artistas e estudantes, se reuniram para dar o recado. De que estamos vigilantes e apoiando as manifestações pelo Brasil. Eta danado! Do Oficina, corri para o Espaço Clariô em Taboão da Serra. Houve no Clariô lançamento da antologia do Sarau do Binho, da qual eu sou um dos que participam. E no Binho o tom era igual. Mas diferente. Porque a periferia sempiternamente esteve mobilizada. E revolucionando a todo instante. Já ganhou as ruas e bares e quebradas faz tempo. Aprendamos com esse exemplo. E vamos que vamos. E viva a arte. Aqui, ali. Em toda parte! Em tempo: a propósito, bem a calhar os versos do Binho, estampados em sua camiseta, na foto abaixo: “Uma andorinha só / não faz verão / mas pode acordar / o bando todo”.