
[1] Lá na viagem à Amazônia, perguntei sobre as árvores altíssimas, que furavam a mata em direção ao céu. Disse-me o guia: o que importa para elas é o sol. E os galhos, por que não têm? Porque precisam correr o mais rápido atrás da luz, certo? Elas não estão nem aí para galhos supérfluos.
[2] O comandante do navio morre de medo de avião. Meu céu, ele me falou, o céu que me interessa é este aqui, viu, que fica mergulhado, à noite, no espelho do rio.
[3] Por que nenhum jornal brasileiro cobriu, com o devido destaque e respeito, a invasão dos artistas da periferia de São Paulo à Feira do Livro de Buenos Aires? Foi uma verdadeira revolução. Inédita. Por lá, o movimento virou notícia em tudo que é mídia, em tudo que é imprensa que pensa e viva!
[4] Eu e o escritor Ferréz, ao final de nossa mesa à mesma Feira, simulamos que íamos ficar pelados. Para ver se só assim saía algo na Folha, no Estado de S. Paulo (acima, foto de nós dois, mudando de ideia, devidamente paramentados).
[5] Antonio Prata, que fez visita na semana passada à minha oficina de criação literária, respondeu à eterna dúvida. O que é um conto, o que é uma crônica? Quando a gente lê um conto, a gente se esquece quem é o autor. Na crônica, o autor está lá, assinando embaixo, não dá, assim, creio, para ignorá-lo.
[6] E a FIM, festa literária em que estive ontem, no Rio, é inovadora na mistura de temas legítimos como capoeira, patrimônio cultural, preservação da memória, feijoada, futebol e samba. Adorei ouvir os bambas.
[7] No comecinho do show “Cantos Negreiros”, na mesma FIM, em que divido o palco com a genial cantora Fabiana Cozza, após a leitura que eu fiz de um de meus contos, ai de mim, um senhor se levantou e me mandou solenemente tomar no cu. Ave nossa! Logo em seguida, outro jovem me deu uma folha de papel com um belo poema de presente. O resto foi emoção. À flor da pele de toda a gente.
[8] Na quinta-feira agora voltarei ao Rio de Janeiro. Ao lado do amigo Santiago Nazarian, lançarei à mesma quinta o meu romance “Nossos Ossos”. Santiago, o seu “Biofobia”. Ambos publicados pela Editora Record. Esperamos as amigas e os amigos para um divertido bate-papo e autógrafos. Acontecerá às 19 horas na Livraria da Travessa de Botafogo.
[9] No mais, para terminar, beijossos no umbigo de todos. E até os próximos passos e assuntos. Vamos que vamos. Sempre além e sempre juntos.
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