Reproduzo aqui, em meu blogue, logo abaixo, carta que acabei de receber, via rede social, da Presidenta Dilma para o seu Vice Michel Temer. Vale a pena ler e espalhar. Rarará. E salve e salve e vamos que vamos e vade retro, Satanás, e saravá!
Brasília, 8 de dezembro de 2015.
Caro Michel,
[Nil opus est te / Mundus magna fortuna manet / verno dare dicens nonne respondebis Abner / pulchra flores vidi in aestatem bellum. Pecto super mensam / ludius venatus novit regula / lacte lapidem numquid ignoro equidem tibi abstuli / Just videre risus enim me clamare Discedentemque te / et nocendi provocavit furore meo / Ego autem et natus inter conopeum et mancambira / tu quis es qui confertis mungunzá mea?]
[Eu não preciso de você/ O mundo é grande e o destino te espera/ Não é você que vai me dar na primavera/ As flores lindas que eu sonhei no meu verão/ […] Cartas na mesa/ O jogador conhece o jogo pela regra/ Não sabes tu eu já tirei leite de pedra/ Só pra te ver sorrir, pra mim não chorar/ Você foi longe/ E machucando provocou a minha ira/ Só que eu nasci entre o velame e a macambira/ Quem é você pra derramar meu mungunzá?]
Escrevo essas mal traçadas linhas, meu amor, pra dizer que li tua cartinha, aqui, no Planalto, enquanto tomava café com pão, nada protocolar, vendo pela Vice-Globo (anda perdendo para a Record), Michel, a mulher, fiel à N. Sra. da Conceição, lá no Recife, pedindo à Santa-Mãe-Democracia que não deixasse o golpe avançar.
Temer-meu-amor, acredita em democracia, cabra. Tu podes explicar àquela mulher ao pé da santa, isso de democracia e confiança? Não podes, piá, moleque, nenen, Temerzinho, tu que não acreditas em democracia, nem em Nossa Senhora, que aquela tua foto com o Papa nunca me enganou, por isso não podes imaginar o desespero daquela, ao pé da outra, talvez ambas santas.
E depois vens falar de lealdade como parágrafo de Constituição? Quem já viu? Lealdade é outra coisa: é inciso vergonha-na-cara, caput da puta-que-pariu, Temer.
E visse, vice, aqui, vizinho, Maduro cair de maduro? E sair de cena? Não ficou de mimimi, como teus amiguinhos, que caem de podres, na tua república de choramingões, onde até nela tu és um subalterno vice, porque ninguém vence o Aécio em termos de derrota.
Mas recebi tua missiva, guri, como diria a Salomé, de Chico Anísio, pro general da ocasião, e me senti a mamãe Noel lendo as cartas que chegam para o bom-velhinho do shopping. Tua cartinha de menino mimado e mal-comportado. Tua cartinha pé-de-meia. Pé-de-moleque, pede cargo, pidão, como sempre.
Vou guardá-la na mesma Caixa de Pandora, aquela que investiga o Mensalão do DEM(o), naquela saudosa tarde onde tu e o Durval [que câmera eficiente se fabricam hoje, hein?] conversavam sobre os destinos do Distrito Federal. Estadual. Municipal. Intestinal. Sei, sou péssima em indiretas. Sempre fui a favor das Diretas, ai, ai, olha eu aqui me enrolando de novo com meus improvisos.
Não divulgarei esta minha carta, Tumorzinho, mas que fique entre nós: tu és um choramingão, visse? Um babaca como nunca se ouviu falar antes na história deste país.
Sei: me expresso mal. Não sei falar bonito como o Ciro [gente, como se ressuscita tanta gente, gente?]… Sei: gaguejo quando não devo, e como não devo nada senão ajudar à N. Sra. da Conceição, nesse seu dia 8 de dezembro, a cumprir o desejo daquela mulher e o destino democrático do Brasil, mesmo que sobre a cabeça os aviões, vou direto ao ponto:
— Seja homem, Michel. E lute como uma menina, rapá.
P.S.: Quem não deve não Temer.
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