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BOI NA LINHA
As amigas e amigos mais chegados sabem que coleciono pinguins. Caveiras. E bois.
Bois formam a coleção mais abstrata (embora sejam de um Pernambuco bem concreto).
Abstrato porque sobre eles eu junto poemas, canções, narrativas. Daí o boy do meu romance Nossos Ossos.
Daí João Cabral, Manuel Bandeira, Chico Buarque, Belchior e, mais recentemente, o livro Mugido de Marília Floôr Kosby.
E eu soube, não faz três semanas, de poesias, versando a partir desta tema, assinadas pela poeta potiguar Zila Mamede.
Eta danado!
Na minha live de domingo passado conversei sobre esta mania com o cantor e compositor Maurício Pereira.
Por favor, corram para ver gravada a nossa conversa lá no meu Instagram.
Em certo instante, peço que ele, acompanhado do filho músico Chico Bernardes, mostre para nós o clássico Ser Boi, do disco Pra Marte de 2007.
Trecho da letra segue abaixo.
De minha parte, continuo seguindo a boiada.
Salve e salve e aquelabraço.
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SER BOI
Ir pra Minas e ser boi lá / Mascar, pastar, sorrir, pensar / Olhar de rabo de olho / (Se é que boi tem isso) / Os carros voando na BR / Tentar perceber o motor / Essas pessoas que têm alma / Eu me pergunto por quê / Elas vêm e vão para Brasília / Em tamanha velocidade / Ser a encarnação do boi Esperar a minha hora chegar / Sem pressa e sem pressão / Divagar bem devagarinho
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