Nos papeis, perdidos, alguns poemas meus tão pequenos e tão antigos.
Eis alguns, abaixo.
Que eu denominei, à época, de “cuzinhos”.
Quero, durante a quarentena, retomá-los.
Para manter a libido em dia e salve e salve e beijabraços.
*
no céu
da boca
chove
mijo
–
a saliva
do pau
na língua
–
todo cara
tem a cara
do caralho
que tem
–
o coração
é
uma
punheta
mal
batida
–
o olho
do teu cu
pela
fechadura
–
o cu
do mundo
também
é
redondo
–
abaixo
do
umbigo
um
bigode
*