Eu vou morar no Piauí. Em Teresina. Gostei de tomar cajuína. Amei o povo de lá. Os artistas teimosos que fazem o Salão do Livro. Os jovens poetas. Que fizeram esta revista aí ao lado. Chamada AO. Eta danado!
Podem apostar. Eu vou morar no Piauí. E antes que perguntem aí: “e o que você vai fazer em lugar tão longe?”. É preciso dizer: longe é São Paulo. A gente é que fica distante de tudo o que acontece em outras cidades. Ave!
Quanta pulsação há em outras pastagens, meu irmão! Saí do Piauí alimentado. Da melhor carne de sol. E, sobretudo, de um coração acolhedor. Todo mundo recebe a gente no maior calor. Sim. Se há calor em Teresina é o humano.
O Brasil precisa descobrir o Piauí. E deixar dessa mania de grandeza: achando que lá só tem pobreza. E onde não tem, hein? Em Teresina tudo é rico, meu bem. De arte. E de vontade.
É contagiante, por exemplo, ver o entusiasmo do escritor Wellington Soares. Ele que toca fogo na paisagem. Um dos criadores de outra revista piauiense de artes, a Revestrés.
Em que outro recanto do país a gente tem assim, fresquinhas, duas revistas pulsantes? Deixemos de ser ignorantes. Teresina é linda. Voltei com saudades. E voltarei lá, com certeza, um dia. Ou, quem sabe, de uma vez?
Agradeço, aqui, publicamente a todos os novos amigos do Piauí. Nossa amizade só está começando. Para saber mais sobre a revista AO, cliquem aqui em cima. Para saber sobre a Revestrés, aqui.
E mais não digo. E viva e beijos no umbigo. E fui, sem ir.