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Archive for abril \27\+00:00 2012

DE VOLTA A BOGOTÁ

Estive em Bogotá pela primeira vez no ano de 2003.

Fui para um encontro de novos narradores da América Latina e da Espanha.

Foi lá que conheci os queridos amigos escritores Alonso Sanchez e Efraim Medina Reyes.

Esses dois eu já trouxe para a Balada Literária que criei e organizo.

Só falta trazer o peruano Mário Vargas Llosa. Rarará. Ele, esse que está ao meu lado, em foto (perdão pela qualidade da imagem) exatamente tirada nessa minha ida a Bogotá. Alonso é o moreno no cantinho direito.

Adorei a capital da Colômbia.

Voltarei neste domingo para participar da Feira Internacional do Livro de Bogotá. Para saber mais sobre o evento, acesse aqui.

Antes, amanhã, sábado, passo pela FestiPoa, onde, às 18h30, estarei em mesa ao lado dos queridos Fabiana Cozza e Paulo Lins.

Eta danado!

De ambos lugares, mandarei notícias via blog e via Twitter.

Fique ligado.

Até já e beijabraços, salve, salve, amém, saravá!

Fui.

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OS INSCRITORES

Escritor não escreve. Escritor inscreve. Sempre digo. É ele quem funda uma cidade, cria um castelo, levanta ruas. Faz nascer pessoas, mata outras. Escritor constrói, perpetua. Inaugura conventos, escolas, velórios. Escritor aprofunda planos. Arquitetura. Quem escreve não é o escritor. Repito, repito. É o país que ele inventa que acaba empregando verbos. Inventando versos. Quem conduz as linhas da história são os personagens. São eles que vão fundo na linguagem. Seguem além. As almas que o escritor põe no mundo são elas que falam. Amém. São elas que pontuam. As casas criadas pelo escritor abrem parágrafos. Fecham vocábulos. Você entende, meu caro? Sinta, repare. Quando o escritor aparece escrevendo a gente sente. Aí está o problema. O autor manipulando frases. Sem pudor. Colocando brilho onde não foi chamado. Eta danado! Eu vivo dizendo. A quem quiser ouvir. Escreva aí: escritor não escreve. Escritor inscreve. É ele quem instaura. É ele quem carrega. O mundo nas costas, sempre. A primeira pedra.

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PIORES E LINDOS

Dizer que a Camila está mais Pitanga, que a atriz (foto ao lado) está mais selvagem do que nunca, é não enxergar a verdade, cruenta e nua: Camila está mais humana.

Explico: falo da interpretação dela no Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios. Filme dirigido por Beto Brant e Renato Ciasca e baseado em romance homônimo do Marçal Aquino.

Acabei de assistir. E gostei porque a câmera do Beto e Ciasca é menos Xingu. Opa. Antes de qualquer confusão, aviso que não. A história não se passa no Xingu. No perfume da mata. Nas reluzentes correntes. Nada disso.

O livro do Marçal, assim como a adaptação para o cinema, vai mais fundo. Mostra as beiradas da nossa nação, à margem da civilização. Ferida paisagem. Tudo numa fotografia enferrujada, alaranjada de dor. Os índios, além de Belém, minha flor, não se olham em espelhos d’água.

A viagem é outra: interior do interior. Matadores de aluguel. Troncos derrubados. Coração em carne. Ave nossa! Foi cruel e bom de ver: a Lavínia, recriada por Camila, endoidecer. Assim como a nossa pátria quando perde o chão. Minha irmã, meu irmão. No cu do mundo, só no amor há salvação.

Penso: que a qualidade do filme está no “pior” que vemos. Veja: não digo com isso que seja pessimista a imagem que se abre na tela à nossa vista. São apenas essas as notícias trazidas. Ora essa. De tão distante. De um país feliz e infeliz, à sua medida. Verdadeiro e pulsante. 

A direção de Beto Brant e Renato Ciasca não aparece em cena. Não há grandiloquência. Nem falsa exuberância. Daí a grandeza deste trabalho. Cheio de alma. Ela, nesse caso, de nome Camila Pitanga. No ponto. Lindamente madura.

Tão necessária, e tão nociva, quanto a boa literatura.

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IARA E SINHÁ

Bonita e bem-vinda a caixa PortaPoema editada pela Iara Publicações. Explico: na caixa, oito autores em livros pequenos, charmosos. Acompanhada de um CD com leituras. Gostei de ver. E de ouvir. Fernanda Grigolin, fotógrafa e uma das idealizadoras, revela-se poeta. Das boas. Outro que mostra as caras é o amigo e editor Vanderley Mendonça. Ele, também um dos realizadores da empreitada, escreve. E resolveu mostrar o que escreve. Em livreto intitulado Imaginado. Não dará tempo de dizer o nome de todo mundo, eta danado! Digo, então, o da Sinhá. Ela que hoje à noite lançará o livro de poesia Devolva Meu Lado de Dentro. Veja chamada logo abaixo de seu primeiro rebento. E fiquem de olho na Sinhá. E na Iara. Sobre essa e outras, acessem aqui. Enfim, assado, assim. Fui. E aquelabraço. Lembrando que daqui a pouco, às 20 horas, participarei do projeto Sempre um Papo, no SESC Vila Mariana. Fui, té já e aquelabraço.

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VOLTAR A AMAR

Amanhã, terça, 20 horas, no SESC Vila Mariana, o amor está de volta.

Explico: participarei do projeto Sempre um Papo.

Criado pelo escritor mineiro Afonso Borges, trata-se de uma conversa literária superinformal, seguida de lançamento de livro. No caso, seria o “relançamento” do meu livro de contos Amar É Crime, publicado pela Edith.

Enfim e em resumo: divulgue e apareça e a gente troca umas ideias e uns parafusos e uns autógrafos.

No mais, vamos que vamos.

E beijabraços gratos.

Fui.

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LIVRO NO CONCRETO

Este poema ao lado é do Augusto de Campos. E é inédito.

Ele está, gigantesco, impresso em uma das paredes do SESC Santana.

Vinte autores mandaram trabalhos exclusivos para um livro que primeiro será lido pelas paredes do SESC.

Explico: recebi o convite para organizar essa antologia, com o tema Consigo. Os textos estão sendo aplicados e, digamos, transferidos artisticamente pela designer Valéria Marchessoni.

Quem for ao Santana já vai poder ver por lá os primeiros cinco autores do volume gigante: Analu Andrigueti, arrudA, Augusto de Campos, Felipe Valério e Ronaldo Correia de Brito.

Até o final do semestre teremos inéditos de Adriana Falcão, Antonio Cicero, Binho, Botika, Bruno Brum, Eunice Arruda, Francisco Alvim, Gero Camilo, Ismael Caneppele, Livia Garcia-Roza, Lygia Fagundes Telles, Luiz Roberto Guedes, Micheliny Verunschk, Nelson Maca e Veronica Stigger.

O projeto está lindo. Original e inusitado. Depois, os trabalhos, ao final, serão impressos em papel e lançados em um grande evento. Maravilha! Corra lá no SESC Santana para começar a ler a coletânea.

E por hoje é só e vamos que vamos e valeu e bom final de semana. Fui.

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VESTIR O QUE ESCREVE

Quando leio o texto de alguém: um poema, um conto, um romance. De relance, observo a pessoa. O jeito de o autor se vestir. Os óculos, se tem. Que tipo de calça, colar, sandália. E pergunto: você vestiria isso o que você escreve? O poeta estranha. O romancista não entende a pergunta. Eu explico: Jorge Amado vestia o que escrevia. Wally Salomão levava à poesia o seu jeitão. Roberto Piva vestia – e se despia – com suas palavras. Aí indago, mais demorado: você seria capaz de sair à rua com o que escreve? Alguns jovens usam em demasia conjunções. Expressões pesadas. Acessórios diferentes de si. Penduricalhos do tipo: não obstante, doravante, no entanto. Você iria com isto ao banco, a uma festa, a uma praça? Sairia de casa enfeitado de adjetivos metidos, excesso de advérbios? Hein? É preciso pensar sobre isto na hora de escrever. Escrever é ser. É encontrar seu jeito de estar no mundo. Seu repertório. Seu estilo. Sua alma vestida. Não importa se feia ou se bonita. Escolha desde já a costura. Aquela sob medida. Com que você vestirá, afinal, a sua literatura.

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DE VOLTA A SERTÂNIA

Eta danado! Logo mais à noite parto para Sertânia.

Essa longa estrada aí da foto é uma reta só, de mais de 30 km, que desemboca na minha cidade natal. Ave nossa!

Lembrando de que no domingo, amanhã, às 18 horas, estarei lá em bate-papo literário com Ésio Rafael, Josessandro Andrade, Luiz Pinheiro, Lirinha, Silvério Pessoa e Valéria Fagundes.

No mais, vamos que vamos e beijabraços.

Fui. Mas volto. Té.

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UM LEITOR FIEL

Você vai inscrever o seu livro de contos no Prêmio Jabuti? E no Portugal Telecom, já inscreveu?

Aos irmãos mais chegados, respondo: não inscreverei meus livros em prêmios. Abusado você, não? Assim fica fácil – dizer que não ganhou porque não mandou. Defender-se de que está, digamos, pouco se lixando.

Sim, explico: em 2006, ganhei o Jabuti pelo livro Contos Negreiros. Mas, de um tempo para cá, sobretudo a partir do Amar É Crime, foi me dando uma preguiça. Enguicei o ânimo.

Não.

Não estou me sentindo nem maior nem menor. É que quero mesmo me concentrar no que escrevo. E no desejo que tenho: de leitores. Verdadeiros. De gente que pega o meu livro e sai com ele debaixo do braço, ao banheiro. Também quero pensar como eu, escritor, posso interferir na geografia de meu lugar. Pular além dos parágrafos.

Sei lá…

Não estou afim de disputar croquetes. Se vierem, um dia, espontanea, e sobretudo financeiramente, agradeço. E esqueço. O que não quer dizer, vale ressaltar: que eu não torcerei e vibrarei quando um amigo ou amiga tenha a sua obra reconhecida e maravilha!

Repito: não é rancor, inveja, demagogia ou coisa parecida. Longe disso. É uma atitude minha. Sozinha. E feliz. Nunca estive tão leve. E serelepe. Faz um tempo.

Pois bem: vinha eu hoje pensando em como escrever este pôste quando recebo em casa, à tardinha, um envelope assinado pelo mestre Dalton Trevisan. Sempre envio meus livros para ele. E eis que ele me enviou o seu O Anão e a Ninfeta com a dedicatória que você confere acima: “Ao Marcelino Freire, com a muita admiração do seu leitor fiel”.

Caralho! Puta que pariu!

Fiquei sem chão. E senti como se fosse essa, em boa hora e sem demora, a bênção de que eu precisava. Dalton, tão recluso que é, meu herói literário de longa data, vindo me lançar uma palavra.

Disto, meu coração se basta. Pode acreditar.

O resto sai na purpurina.

Salve, salve, amém e saravá!

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À TERRA NATAL

Amigos, eta danado! Ando meio sumido daqui porque estou atolado de coisas e vamos que vamos. Neste domingo, por exemplo, viajo direto para Sertânia, terra em que nasci. Depois dou mais detalhes da viagem mais à frente e ave! Aproveitarei para passar a segunda-feira no Recife e, na terça, retorno a Sampa. Legal será matar um pouco as saudades de meu Pernambuco. Por falar nisto, assistam abaixo a trecho do documentário SP – Solo Pernambucano, dirigido por Leandro Goddinho e Wilson Freire. Em cartaz ainda este ano. Rarará. Aguardem. Valeu e beijão e salve, salve, amém e saravá! Fui.

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